Realismo modal

Realismo modal é a visão proposta pelo filósofo David Lewis de que todos os mundos possíveis são reais da mesma forma que o mundo atual: eles são "de um tipo com este nosso mundo".[1] É baseado em quatro premissas: mundos possíveis existem, os mundos possíveis não são diferentes em tipo do mundo atual, os mundos possíveis são entidades irreduzíveis, e o termo atual em mundo atual é indexical, ou seja, qualquer sujeito pode declarar seu mundo como sendo o atual, assim como rotulam o lugar onde estão como "aqui" e o tempo em que estão como "agora".

A "Realidade Modal Estendida" é uma forma de realismo modal que envolve compromissos ontológicos não apenas com mundos possíveis, mas também com mundos impossíveis. Os objetos são concebidos como estando distribuídos na dimensão modal, ou seja, como tendo não apenas partes espaciais e temporais, mas também partes modais. Isso contrasta com o realismo modal de Lewis, segundo o qual cada objeto habita apenas um mundo possível.

Argumentos comuns para o realismo modal referem-se à sua utilidade teórica para o raciocínio modal e a expressões comumente aceitas na linguagem natural que parecem implicar compromissos ontológicos com mundos possíveis. Uma objeção comum ao realismo modal é que ele leva a uma ontologia inflacionada, o que alguns consideram ir contra a Navalha de Occam. Críticos do realismo modal também apontaram que é contraintuitivo permitir que objetos possíveis tenham o mesmo status ontológico que objetos reais. Essa linha de pensamento foi ainda mais desenvolvida no argumento da moralidade ao mostrar como um tratamento igual de pessoas reais e não reais levaria a consequências altamente implausíveis para a moralidade, culminando no princípio moral de que toda escolha é igualmente permitida.

  1. Lewis, David (1986), On the Plurality of Worlds, Oxford, England, Blackwell. p. 2.

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